MÚSICA   e MATEMÁTICA
6 e 7  de Outubro de 2006

Biografias dos conferencistas convidados

Alexandre Delgado


Alexandre Delgado nasceu em Lisboa em 1965. Trabalha essencialmente no domínio da música de câmara e orquestral, cujas obras tem sido apresentadas com êxito por toda a Europa. Iniciou os seus estudos musicais com a pianista Fátima Fraga e estudou violino e música de câmara na Fundação Musical dos Amigos das Crianças entre 1978 e 1985, onde foi concertino tendo, posteriormente, dirigido a orquestra juvenil desta instituição. Foi aluno particular de Joly Braga Santos (1981-85). A sua obra Prelúdio, composta aos 16 anos, foi estreada pela Orquestra Sinfónica da RDP em 1982.
Nesse mesmo ano conclui o curso de composição e violino, como aluno externo do Conservatório Nacional. Recebe uma bolsa do Ministério da Cultura para prosseguir os seus estudos em Composição e Violino no Conservatório de Nice, tendo trabalhado com os professores Jacques Charpentier e Barbara Friedhoff, concluindo o curso com distinção em 1989.

Como compositor, Alexandre Delgado obteve em 1992 o prémio "João de Freitas Branco" e recebeu encomendas de festivais do País de Gales e de Londres. A sua obra Antagonia para violoncelo solo foi seleccionada pelo júri da ISCM para o World Music Days 93, na Cidade do México. Em Março de 2001 foi compositor convidado no Festival Maastricht (Países-Baixos), onde foram interpretadas algumas das suas obras.
É autor da ópera de câmara O Doido e a Morte, baseada na farsa de Raul Brandão, (encomenda de Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura), cuja estreia dirigiu no Teatro Nacional de S. Carlos e posteriormente no Theater am Halleschen Ufer, em Berlim (1994-96).
Entre as obras, destacam-se o
Concerto para viola e orquestra (Festival de Coimbra, 2000), Tresvariações (Fundação Gulbenkian, 2001) e Poema de Deus e do Diabo (Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, 2002). Presentemente, encontra-se a terminar duas óperas de câmara - A Rainha Louca e uma outra sobre a temática do Sebastianismo (encomendas da Câmara Municipal de Matosinhos e da Culturgest), que formarão com com o Doido e a Morte, a Trilogia da Loucura.
Em 2001 o seu Quarteto de Cordas foi gravado em CD pelo Arditti Quartet.
Como violetista, ganhou em 1987 o Prémio "Jovens Músicos". Foi membro da Orquestra Juvenil da Comunidade Europeia (1988-1989) e da Orquestra Gulbenkian (1991-1995). Mantém actividade regular como intérprete com o Quarteto Lacerda e como solista, realizando recitais tanto em Portugal como no estrangeiro.
Tem-se dedicado ao estudo da Música Portuguesa, incidindo sobre a vida e obra de Luís de Freitas Branco (sobre o qual deu conferências em Roma) e Carlos de Andrade (1884-1930), seu bisavô e compositor modernista, cujo trabalho foi apresentado pela primeira vez em 2000.
Foi crítico musical do jornal Público (1991-2001) e assina o programa "A Propósito da Música" na Antena 2 (desde 1996). É autor do livro "A Sinfonia em Portugal" (Caminho 2002).
Desde 2002 é director artístico do Festival de Música de Alcobaça.




Ana Vale


Ana Pereira do Vale, nasceu em Lisboa onde estudou, tendo obtido a Licenciatura em Matemática (Ramo Científico) na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Iniciou o trabalho de pós graduação na Universidade de Bonn, tendo obtido o grau de Doutora na Universidade do Minho, sob a orientação do Professor James Eells (Universidade de Warwick, Inglaterra) na especialidade de Geometria e Topologia. Entrou como Assistente Estagiária no Departamento de Matemática da Escola de Ciências da Universidade do Minho em 1982.
É actualmente Professora Auxiliar no mesmo Departamento. Participou no ciclo "Unha Andaina pola Matemática 2003 " organizado pela Facultad de Matemáticas da Universidade de Santiago de Compostela com uma palestra com o título "A Matemática e a Música: um modelo matemática das escalas musicais”. Em Abril de 2004 participou no ciclo de colóquios " Matemática Viva" organizados pelo pavilhão do Conhecimento com uma palestra intitulada "A Matemática e a Música".




António Machiavelo


António Machiavelo licenciou-se em 1985 em Matemática Pura, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e doutorou-se em 1993 na área de Teoria Algébrica dos Números, na Universidade de Cornell (Estados Unidos da América). Actualmente é Professor Auxiliar no Departamento de Matemática Pura da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Um dos seus interesses é a divulgação da Matemática, especialmente através de palestras, tendo feito já mais de 60 para jovens dos 12 aos 80 anos de idade, e sobre diversos temas, 42 das quais em 30 estabelecimentos distintos do ensino básico e secundário.
Tem uma formação musical rudimentar, tendo tido, no início da adolescência, lições de acordeão, instrumento que hoje é incapaz de tocar, mas graças às quais consegue ler (mais exactamente, soletrar) pautas musicais e tocar duas ou três peças em piano e umas poucas mais em flauta de bisel (de preferência na ausência de uma audiência, para benefício desta). Esta é a primeira vez que está ligado à área das interacções entre a  Matemática e a Música.




António Sousa Dias


António de Sousa Dias (Lisboa, 1959). Compositor, possui o diploma do Curso Superior de Composição pelo Conservatório Nacional (classe de Constança Capdeville) e um doutoramento em musicologia (Paris VIII) sob a direcção de Horacio Vaggione (como bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia/MCES). Encontra-se actualmente a desenvolver um trabalho de investigação no CICM - Université Paris VIII / MSH Paris Nord, na área da criação musical e ambientes virtuais.
Foi professor no Conservatório Nacional (1985-1987), e na Escola Superior de Música de Lisboa (de 1987 a 2001) onde exerceu igualmente funções de subdirector de 1995 a 2001. Foi membro do grupo ColecViva, dirigido por Constança Capdeville, do qual fez parte como assistente de direcção, técnico de síntese de som e percussionista desde 1985. Colabora desde 1992 com o Grupo Música Nova, de Cândido Lima.
Na sua produção musical, a composição de música para cinema e televisão possui particular importância. As suas obras têm sido executadas em diversos países (Portugal, França, Espanha, Itália, Russia, Argentina, etc.).




Cândido Lima


Cândido Lima nasceu em Viana do Castelo em 1939. Iniciou o seus estudos em Piano e Composição em Braga, onde exerceu durante muitos anos a actividade de organista da Sé Catedral.
Terminou os cursos superiores de Piano e Composição nos Conservatórios de Música de Lisboa e Porto. Após regressar do seu serviço militarna Ilha de Bolama, Guiné, ingressa na Universidade de Braga onde tira o curso de Filosofia. Posteriormente, obtém o doutoramento em Estética pela Universidade de Paris com a tese "Identidade e Alteridade em Composição Musical".
Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, da Secretaria de Estado da Cultura, do Centro Acantes, entre outras instituições, frequentou diversos cursos internacionais com Nadia Boulanger, Aloys e Alphonse Kontarsky, Gérard Frémy, Stockhausen, Kagel, Ligeti, Pousseur, Boulez, Xenakis, entre outros. Estudou ainda Análise e Direcção de Orquestra com Gilbert Amy e Michel Tabachnik bem como estagiou e paraticipou em cursos de música electrónica, informática e informática musical nas Universidades de Paris VIII / Vincennes, Paris I - II / Panthéon-Sorbonne, no CEMAMu e no IRCAM.
Tem vindo a escrever de forma regular artigos na imprensa e criou séries de televisão e rádio, com o objectivo de divulgar e mostrar em primeira audição nacional obras de compositores contemporâneos. É igualmente responsável pela vinda de alguns músicos como Xenakis, Giuseppe Englert, Jean-Baptiste Barrière, Wilfried Jentzsch e Stefano Scodanibbio ao nosso país.
Em 1973 funda o "Grupo Musica Nova", pioneiro na divulgação de compositores clássicos e portugueses em festivais, séries, rádio, televisão, com concertos dados no país e no estrangeiro.
Com um vasto trabalho teórico, Cândido Lima, participa desde 1968 na Reforma do Ensino da Música em Portugal, sobretudo no domínio da Composição Musical. Foi presidente da Juventude Musical de Braga (1968/74). Durante esse período e até 1986, desempenhou funções de direcção e foi professor nos Conservatórios de Música do Porto e de Braga.
Em 1988 recebe o convite para fazer parte do Conselho Directivo e Consultivo do Departamento de Música da Universidade de Aveiro.
A sua obra compreende música para diversos ensembles intrumentais, canto e piano, orquestra, bem como tem vindo a utilizar meios electroacústicos e audiovisuais. Foi o primeiro compositor português a fazer uso do computador.




Carlos Guedes


Carlos Guedes obteve o doutoramento em Composição na New York University em 2005 onde fez pesquisa sobre dança interactiva. Teve como principais professores de composição Fernando Lapa, Ken Valitsky, Andrew Imbrie, Marc Consoli, Tristan Murail e Clarence Barlow. Como compositor, tem desenvolvido trabalho em várias áreas, nomeadamente em música para dança, cinema e teatro, assim como instalações multimédia interactivas. É coordenador do curso de composição da ESMAE desde Março de 2003 e recentemente esteve envolvido na criação do curso de Música Electrónica e Produção Musical na ESART (Instituto Politécnico de Castelo Branco.



Carlota Simões


Carlota Simões tem a Licenciatura em Matemática Pura pela Universidade de Coimbra e o Doutoramento pela Universidade de Twente (Países Baixos) na área da Teoria do Controlo. Como formação musical tem o Curso Geral de Piano do Conservatório de Música de Coimbra.
Presentemente é Professora Auxiliar no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra e é Directora Adjunta da revista Gazeta de Matemática da Sociedade Portuguesa de Matemática. Um dos seus principais interesses é a divulgação da Matemática, que concretiza através de artigos, palestras e actividades lúdicas para crianças.




Eduardo Luís Patriarca


Nasceu a 22 de Abril de 1970, na cidade do Porto. Começou os seus estudos musicais aos 4 anos, no Colégio Boa Senhora da Esperança. Em 1985 começa os seus estudos oficiais no Curso de Música Silva Monteiro, concluindo aí o Curso Complementar de Piano. Estudou piano com Sofia Matos, História da Música com Joaquim Marques da Silva e Composição com Fernando C. Lapa. Ingressa na Escola Superior de Música do Porto em 1990 na classe de Composição, onde é aluno de Cândido Lima, Filipe Pires, Álvaro Salazar, Günther Arglebe, António Pinho Vargas e Amílcar Vasques Dias. Ao longo do seu estudo no Curso Superior frequentou Master-Classes e Seminários com Wilfred Jenschtz, Gerhard Staebler e António Sousa Dias. Frequentou ainda os Seminários de Emmanuel Nunes e de Jorge Peixinho, com quem trabalhou ainda a nível particular. Em 2000 frequentou o Curso de Aperfeiçoamento em Composição com Leo Brouwer e em 2002 frequentou a master-class em Composição com Phillipe Hurel.
Em Novembro de 2002, realizou uma conferência-concerto sobre música electrónica na Faculdade de Letras do Porto no âmbito da 1ª Semana de História da Arte (HA00). No mesmo ano, leccionou o 1ª Seminário de Música Electrónica nos Cursos de Aperfeiçoamento de Fornos. Escreveu o ensaio "Palavra e Som = Música" para a revista Apeadeiro, das Quasi Edições, a pedido do poeta valter hugo mãe.
Lecciona as disciplinas de Análise e Técnicas de Composição, História da Música, Acústica e Formação Musical na Academia de Música de S. Pio X de Vila do Conde desde 1991. Leccionou ainda na Escola Superior de Arte de Mirandela (Esproarte), no Conservatório de Braga, na Escola de Música dos Carvalhos, na Academia de Música Santa Cecília, em Espinho, e na Escola Municipal de Música da Póvoa do Varzim.
Tem apresentado obras regularmente em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente na Alemanha, Escócia, Espanha e Canadá, sendo que várias das suas obras resultam de encomendas feitas por diversas instituições.
Além da produção para instrumentos a solo e de orquestra, o compositor escreveu já para teatro e instalações sonoras com imagem. É ainda de sua autoria a ópera infantil As Quatro Portas do Céu, com libreto de valter hugo mãe sobre o livro homónimo de Rosa Lobato Faria.
Criou o agrupamento "Ensemble" (com a formação do Pierrot Lunaire) dedicado exclusivamente à música contemporânea. É, ainda, sócio fundador da editora Quantitas.




Helena Albuquerque


Helena Albuquerque é professora Associada do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. Doutorou-se em 1993 na Universidade de Coimbra em Matemática Pura na área de Álgebra. Publicou alguns trabalhos sobre Matemática e Música e tem realizado,  em conjunto com João Pedro Oliveira da Universidade de Aveiro, várias confências  sobre a Teoria dos  Grupos  Diedrais e Transformações Musicais e sobre a interpretação matemática da Teoria analitica da música do séc.XX.




Helena Santana


Helena Santana estudou Composição Musical na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Em 1998 obteve o grau de Docteur na Universidade de Paris-Sorbonne (Paris IV) defendendo a dissertação intitulada - “L’Orchestration chez Iannis Xenakis : L’espace et le rythme fonction du timbre”. Desde 2000, desempenha as funções de Professor Auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro leccionando diversas disciplinas nos cursos de Licenciatura em Ensino de Música e de Mestrado em Música. Pertence à unidade de Investigação do referido departamento – UNICA -, realizando diversa investigação no domínio da música contemporânea. Neste sentido, para além de diversos artigos editados como resultado da investigação que realiza em diversas revistas e actas de colóquios tanto nacionais como internacionais, é co-autora dos livros As Expressões Artísticas em Educação. Reflexões em torno da criação musical, publicado pelas Eseg Publicações, (semi)- BREVES. Notas sobre música do século XX, publicado pela Universidade de Aveiro, e autora da sua tese de doutoramento L’Orchestration chez Iannis Xenakis : L’espace et le rythme fonction du Timbre, publicada pelas Presses Universitaires du Septentrion, Villeneuve D’Ascq, França e do livro (In)EXISTÊNCIAS do SOM, publicado igualmente pela Universidade de Aveiro.



João Rafael


João Rafael nasceu a 15 de Março de 1960 nas Caldas da Rainha. Entre 1979 e 1985 estudou Composição e Piano no Conservatório Nacional de Lisboa concluindo em 1985 o Curso Superior de Composição na classe do Prof. Christopher Bochmann. Na Universidade frequentou ainda o curso de Engenharia Electrónica.
A partir de 1984 começou a frequentar os seminários de composição e análise de Emmanuel Nunes na Fundação Gulbenkian. Prosseguiu em seguida os seus estudos de composição com Emmanuel Nunes, primeiro em Paris (1985-88, com uma bolsa de estudos da Fundação Gulbenkian) e depois em Freiburg na Alemanha no "Institut für Neue Musik" (1988-92, com bolsas de estudos do governo alemão (DAAD), da Fundação Heinrich-Strobel, e um subsídio do Ministério da Cultura) obtendo em seguida o Diploma em Composição (Aufbaustudium). Em Freiburg estudou ainda música electrónica com Mesias Maiguashca.
Em 1990 obteve o primeiro prémio no Concurso Internacional de Composição "Camillo Togni" em Brescia na Itália, com a peça Transition para clarinete solo. Esta peça foi ainda seleccionada para um CD que integra algumas das peças executadas no Festival Internacional de Música Contemporânea da Radio France "Présences 92". Outras peças receberam igualmente prémios em concursos internacionais de composição, e foram seleccionadas para importantes festivais na Europa.
As peças Transition e Ode foram escolhidas (respectivamente em 1991 e em 1995) pela RDP para representar Portugal na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO em Paris. Em Dezembro de 1994 realizou-se um "Concert-Portrait" em Freiburg com o Ensemble Recherche sob a direcção de Kwamé Ryan. Em Junho de 1995, a Radio France dedicou-lhe um dos programas "Auto-Portrait".
Outros "Portraits" radiofónicos tiveram lugar na RDP em 1991, 1996, 1998 e 2002. João Rafael tem dado regularmente Seminários de Análise, Cursos de Composição e Workshops, assim como têm sido publicados textos e análises suas, nos seguintes países: Portugal, Itália, França, Alemanha, Suécia, Rússia e EUA.
As peças de João Rafael têm sido tocadas por solistas, ensembles e orquestras de renome internacional em importantes festivais em Portugal, Espanha, França, Holanda, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Hungria, Áustria, Itália, Suíça e Alemanha, e têm sido difundidas por quase todas as rádios europeias.




José Francisco Rodrigues


Matemático formado pela Universidade de Lisboa, onde lecciona e é professor catedrático na Faculdade de Ciências, José Francisco Rodrigues é actualmente Presidente da Comissão Nacional de Matemática/IMU e membro do Centro de Matemática da Universidade de Coimbra. No Centro de Matemática e Aplicações Fundamentais, de Lisboa, onde continua a colaborar, coordena a edição do jornal interdisciplinar de matemática “Interfaces and Free Boundaries” para a European Mathematical Society (EMS). O seu campo de investigação centra-se na Análise Matemática das equações com derivadas parciais e nas suas aplicações e, complementarmente, dedica-se a leituras de História e Matemática.
O seu gosto pela Música levou-o a colaborar com a EMS no Forum Diderot sobre a Matemática e a Música, que se realizou em 1999, simultâneamente em Lisboa, Paris e Viena, que deu origem a um livro e, indirectamente, a um novo journal, Journal of Mathematics and Music, que se começará a publicar em 2007 pela Francis & Taylor, e de do qual é conselheiro editorial.




José António Martins


Recebeu formação em teoria da música e violino pela Esmae,(Bacharelato, 1992), Northwestern University, (M.M., 1996), e University of Chicago (Ph.D., 2006). Estudou violino com A. Gaio-Lima e Gerardo Ribeiro e análise e teoria da música com Miguel Ribeiro-Pereira, Candace Brower e Richard Cohn. Actualmente é Assistant Professor de teoria da música (tenure track) na University of Iowa, depois de funções docentes em Lake Forest College, University of Chicago, e Esart (Castelo Branco).
Apresentou trabalho em conferências e universidades incluindo a Society for Music Theory, Music Theory Midwest, Music Theory Society of New York State, Dublin International Conference of Music Analysis, Hungarian Academy of Sciences, Symposium on Bartók’s String Quartets-Indiana University, University of Cincinnati, University of Washington, Escola Superior de Música de Catalunya, Esmae, e Uniwersytet Jagiellonski. Tem publicações na Revista Portuguesa de Musicologia e Theory and Practice.
Em 2004 foi galardoado com os prémios Arthur J. Komar Award (Music Theory Midwest), e Patricia Carpenter Emerging Scholar Award (Music Theory Society of New York State). Foi também fellow no International Orpheus Academy for Music Theory (Ghent, 2003), John Clough Memorial Symposium (University of Chicago, 2005) e no Mannes Institute for Advanced Studies in Music Theory (Yale University, 2006).





João Pedro Oliveira


João Pedro Oliveira iniciou os seus estudos de música como aluno do Centro de Estudos Gregorianos, tendo continuado o seu trabalho no Instituto Gregoriano de Lisboa. A partir de 1978 começou a dedicar-se à composição e, de 1985 a 1990, esteve nos Estados Unidos com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e da Comissão Cultural Luso-Americana, tendo estudado no Brooklyn College e na Universidade de Nova York em Stony Brook, onde concluiu dois Mestrados e um Doutoramento em Música.
Várias das suas obras têm recebido prémios nacionais e internacionais. Entre estes, salienta-se o 1º Prémio no Concurso Joly Braga Santos nos anos de 1992, 1994 e 1995, o 1º Prémio no Concurso Internacional de Composição das 2ªs Jornadas de Arte Contemporânea, o 1º Prémio no IV Concurso de Composição da Oficina Musical, o 1º Prémio no Concurso Nacional de Compositores de Música de Órgão, o 1º Prémio do Concurso Internacional Alea III, o 1º Prémio no Concurso Lopes-Graça, e, mais recentemente o Prémio Trivium do Concurso de Música Electroacústica de Bourges e o Prémio Earplay 2003.
A maioria das suas obras foram encomendadas por instituições nacionais e estrangeiras. Em 1993 e 1998, as suas principais composições de música electrónica foram gravadas em dois Cds. Várias das suas outras obras também se encontram gravadas e diversas partituras têm sido editadas.
Para além da sua actividade como compositor, tem desenvolvido carreira como organista, tendo dado concertos na Europa, nos E.U.A., na China e no Japão. Já gravou dois CDs com obras para trompete e órgão.
É Professor Catedrático na Universidade de Aveiro, onde ensina Composição e Música Electrónica.




Luís Henrique


Natural do Porto, lecciona actualmente na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto. É doutorado em acústica musical pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e diplomado com o Curso Superior de Piano no Conservatório de Música do Porto.
Tem-se dedicado ao estudo e ensino da acústica musical e organologia, e desenvolvido trabalho de investigação em colaboração com o investigador Doutor José Antunes.
É autor de diversos artigos científicos e dos livros Instrumentos Musicais e Acústica Musical publicados pela Fundação Calouste Gulbenkian.




J. Miguel Ribeiro-Pereira


Ainda aluno da Faculdade de Direito de Coimbra orienta-se profissionalmente para a música, estudando Órgão com Theodora Howell e Piano com Hélia de Soveral na Escola de Música do Porto.
   Prossegue em Paris estudos de Filosofia com Gilles Deleuze e Jean-François Lyotard, de Linguística com Nicolas Ruwet, e de Música com Francis Bayer e Daniel Charles na Universidade de Paris VIII-Vincennes, onde obtém o grau de Licenciatura.        
Especializa-se em Análise Musical com Claude Ballif e Betsy Jolas (Premier Prix) e em Estética Musical com Rémy Stricker (Second Prix) no CNSM de Paris.
   Em Nova Iorque estuda Musicologia com Charles Rosen e Leo Treitler na SUNY em Stony Brook, e Teoria da Música com Patricia Carpenter, Ian Bent e Jonathan Kramer na Universidade de Columbia, onde obtém os graus de Mestrado (M.A. e M.Phil.) e de Doutoramento (Ph.D.).
   Lecciona as disciplinas de Análise e Estética Musical na ESMAE/IPP e é autor do livro A Theory of Harmonic Modulation: The Plastic Model of Tonal Syntax and the Major-Minor Key System (Porto: ed. Politema, 2005).




Rosário Santana


Rosário Santana estudou Composição Musical na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Em 1998 obteve o grau de Docteur na Universidade de Paris-Sorbonne (Paris IV) defendendo a dissertação intitulada - “Elliott Carter: le rapport avec la musique européenne dans les domaines du rythme et du temps”. Desde 1999, desempenha as funções de Professora Coordenadora na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico da Guarda, leccionando diversas disciplinas nos cursos de Formação Inicial e Complementos de Formação. Pertence desde 2000 à Unidade de Investigação do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, sendo co-autora dos livros As Expressões Artísticas em Educação. Reflexões em torno da criação musical, publicado pelas Eseg Publicações, (semi)- BREVES. Notas sobre música do século XX, publicado pela Universidade de Aveiro, e autora da sua tese de doutoramento Elliott Carter: le rapport avec la musique européenne dans les domains du rythme et du temps, publicada pelas Presses Universitaires du Septentrion, Villeneuve D’Ascq, França. A sua investigação traduz-se ainda na publicação de diversos artigos sobre música contemporânea, análise musical, e sobre as artes na educação.





Samuel Lopes


Samuel Lopes licenciou-se em 1997 em Matemática Pura na Faculdade de  Ciências da Universidade do Porto. Um ano mais tarde iniciou trabalhos  de pós-graduação na University of Wisconsin-Madison, nos EUA, onde se  doutorou em Matemática, em 2003, na área de álgebra e teoria de  representação.
Actualmente é Professor Auxiliar no Departamento de  Matemática Pura da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto,  onde lecciona e desenvolve investigação na intersecção das áreas de Teoria de Anéis e Teoria de Representação de Álgebras relacionadas com as Álgebras de Lie. 
É a primeira vez que está ligado à área das interacções entre a  Matemática e a Música.