...um
sistema alternativo de codificação musical, baseia-se na relação que
existe entre os algarismos, as cores e as formas, paradigmas, já,
assimilados por qualquer pessoa semi-alfabetizada. Justifica Aschero
que, assim, ninguém terá de se sujeitar a um complexo sistema de
codificação musical gráfica (partituras tradicionais), a qual, é,
totalmente, exterior aos símbolos que cada um de nós utiliza no
quotidiano e que aprende desde pequeno. Trata-se, então, de um sistema
de escrita que utiliza as sete cores do prisma solar, correspondendo
cada uma, a uma nota musical e o tamanho do dígito, à sua intensidade.
A NUMEROFONIA é utilizada por mais de 300 mil músicos em todo o mundo e
tem-se mostrado eficiente para o ensino de crianças a partir dos três
anos de idade, reconhecendo simbologias simples iniciais, antes de
apresentar a representação numérica definitiva.
Para a leitura de partituras utilizado o sistema Numerofónico, apenas
se exige o conhecimento de numerais, cores e tamanhos, conhecimentos
estes, existentes em qualquer criança em idade escolar. De realçar, que
este sistema apresenta, também, vantagens quando utilizado por
deficientes visuais, pois como sabemos, a codificação Braille é baseada
nos conceitos da Numerofonia.
Dada a importância do sistema Numerofónico de Aschero, o seu
desconhecimento total no nosso país, a sua relevância quando trabalhado
com crianças desde muito cedo e a sua pertinência no sentido do melhor
apetrechamento de professores, investigadores, artistas, musicólogos,
educadores e animadores musicais, julga-se que ele pode constituir um
primeiro passo para o desenvolvimento de uma cultura musical precoce no
nosso país e um modo de tornar a aprendizagem da gramática musical mais
aliciante, mais fácil, menos literal e acessível a todos, sem excepção.
A utilização do Sistema Aschero, ou a sua inicial abordagem em termos
de sensibilização à prática interdisciplinar, deveria, então, ser
iniciada no 1º ciclo e em paralelo à aprendizagem das noções básicas
numéricas e plásticas, constituindo este esquema como uma pequena
revolução curricular, ou porque não, como um singular modelo de
complemento curricular, numa óptica do seu melhoramento, numa
aproximação entre imagem, números, sons, cores e formas, no sentido, da
consciencialização da universalidade do conhecimento.
Decorrem duas experiências na base da Numerofonia, nas Escolas Básicas
de Santa Marinha e de Canidelo (Gaia) que, espera-se, permitirão, em
definitivo, a divulgação de um sistema sinestésico, único e inclusivo.
A Numerofonia...(texto de Mirta Karp) >>>>
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