Desde a Antiguidade Grega que a Música é
vista como uma arte matemática. O que há de mais
sábio? – o número! O que há de mais belo?
– a harmonia. Eis o paradigma da escola pitagórica a quem
se deve a primeira interpretação matemática da
estética musical, baseada nas proporções que
estão na origem da formação dos intervalos
consonantes.
Todos sentimos, no mínimo de forma intuitiva, que existem
ligações profundas entre Matemática e
Música. Compreender essas ligações poderá
revelar a conexão secreta que une as várias actividades
da mente humana.
Não
poderá a Música ser interpretada como a Matemática
dos sentidos e a Matemática como a Música da razão (Sylvester)?
A Matemática é de facto usada para analisar ritmos
musicais, para estudar (i) ondas sonoras que produzem sonoridades
musicais (análise de Fourier), (ii) escalas e temperamentos
(iii) a afinação actual dos instrumentos musicais.
Também se usa para tentar explicar alguns aspectos da
composição musical – uso de padrões e
transformações geométricas, análise
estocástica, análise combinatória, topologia,
grafos, aritmética modular, teoria de grupos, fractais,
etc…
Nesta área serão incluídos vários trabalhos
que ilustrem a ampla diversidade das ligações entre
Matemática e Música, e que simultaneamente possam ser
usados como material de apoio pedagógico no ensino de ambas as
disciplinas.