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Método de Mannheim para a determinação do centro de curvatura
Created with Cinderella |
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Anàlogamente, o ângulo em mantem-se sempre constante e o seu centro instantâneo de rotação, está na intersecção da normal em à curva e à normal em à envolvente . Mas o mesmo acontece para o ângulo em - mantem-se sempre constante. Os seus lados e envolvem duas curvas e podemos calcular os pontos característicos de contacto pelo processo habitual. Assim, o ponto característico do lado está no pé da perpendicular baixada de sobre esse lado. Anàlogamente o ponto característico do lado - está no pé da perpendicular baixada de sobre esse lado. Mas isto significa que o centro instantâneo de rotação do ângulo é o ponto , onde as perpendiculares, consideradas anteriormente, se intersectam. Logo, unindo com , obtemos a normal à trajectória
de .
Apliquemos esta teoria ao
caso especial em que o triângulo dado
degenera num segmento de recta com um ponto no seu interior. |
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Created with Cinderella |
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Obtemos assim a seguinte construção: Dado um segmento , de comprimento variável, que se move envolvendo uma curva dada , e cujas extremidades e se movem, respectivamente, sobre duas curvas dadas e , consideremos um ponto que o divide em dois segmentos proporcionais a dois dados (ver o applet anterior). Para construir a normal à trajectória de , consideremos a normal em à curva . Esta recta intersecta em a normal em à envolvente da recta . Anàlogamente se determina o ponto . Aplicamos agora a proporção (1) - sobre o segmento tomamos um ponto que divide na mesma proporção que divide . A recta é a normal pedida. Inversamente, suponhamos que uma recta se desloca de tal forma que três curvas dadas e a dividem em segmentos proporcionais a dois segmentos fixos. Para obter o ponto característico dessa recta, isto é, o ponto de contacto com a sua envolvente , procedemos da seguinte forma: Traçamos uma perpendicular à recta que seja dividida pelas normais , e (agora conhecemos , mas não conhecemos ...) de tal forma a que, sobre essa perpendicular, os pontos e , verifiquem a proporção (1), isto é: O ponto é então o ponto de encontro dessa perpendicular com a recta .
Quando a recta se desloca mantendo-se sempre perpendicular a uma das
curvas, ou , o ponto em que ela toca a sua
envolvente
é o centro de curvatura dessa curva. |
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Este resultado permite por exemplo calcular o centro de curvatura de
uma elipse como se ilustra no applet seguinte: Created with Cinderella |
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Aqui as curvas e são, respectivamente, o eixo maior, a própria elipse e o eixo menor. A normal à elipse em intersecta os eixos maior e menor sempre numa proporção constante: A construção prossegue como atrás se indicou - há que colocar a perpendicular a de tal forma a que ela seja intersectada pelas normais aos eixos maior e menor na proporção anterior, isto é: Compare com o seguinte applet, onde a
determinação do
centro (e
raio) de curvatura se faz através do círculo osculador
(que tem
contacto de ordem com a
elipse). Created with Cinderella |
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Consideremos um círculo móvel de centro que rola sem deslizar sobre um outro círculo fixo de centro . O ponto , rigidamente ligado ao plano do círculo móvel vai descrever um epiciclóide:
Created with Cinderella Unamos o ponto ao centro do círculo móvel e, pelo centro do círculo fixo, tracemos uma paralela à recta . Esta recta encontra a normal no ponto . Os triângulos e são semelhantes e daí que: Nesta proporção os segmentos , e têm sempre comprimento constante, qualquer que seja a posição do círculo móvel. Portanto o segmento tem também sempre o mesmo comprimento, o que significa que se move sobre um círculo centrado em e de raio . Created with Cinderella A semelhança dos triângulos e implica ainda que a razão é sempre constante. A recta é pois dividida em segmentos sempre proporcionais, pelo epiciclóide , o círculo fixo e o círculo concêntrico . Podemos portanto construir o seu ponto característico , onde ela toca a sua envolvente. A normal ao epiciclóide no ponto é a recta ( é o centro instantâneo de rotação); a normal ao círculo fixo em é o raio ; a normal ao círculo concêntrico , em , é o raio . De acordo com a construção de Mannheim, para construir o ponto característico , e portanto o centro de curvatura do epiciclóide, devemos traçar uma perpendicular à recta que seja dividida pelas normais atrás indicadas - , o raio e raio - na proporção constante . Podemos fazer a construção directa, como o fizemos para a elipse. No entanto, é mais fácil fazer o seguinte: A partir do ponto traçamos uma perpendicular a ; ela intersecta a recta num ponto ; a recta corta a normal num ponto - este é o centro de curvatura do epiciclóide no ponto . Para ver que de facto assim é, prolonguemos a recta até ao ponto , onde ela encontra a recta , e tracemos a paralela a . Temos então que:
O ponto é pois o pé da perpendicular dividida pelas normais atrás indicadas - , o raio e raio - na proporçãoconstante . É pois o centro de curvatura do epiciclóide no ponto . Esta construção deve-se a Euler e Savary. Resumindo:
Quando se pretende calcular o centro de curvatura da trajectória de um ponto , rigidamente ligado a um plano móvel , num movimento genérico , procedemos da seguinte forma:
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