O que é que
sabemos mais? Vejamos:
onde é
um vector unitário com a direcção do raio vector
do ponto
,
aplicado em (o centro de forças).
Portanto: a
variação da velocidade
é proporcional à
variação do ângulo e tem sempre a
direcção radial,
determinada pelo vector de posição.
Em
particular, não depende de
! Em todo o ponto da órbita, não importa quão
distante ou perto do Sol, o correspondente a um dado ângulo
é sempre o mesmo! Isto acontece porque, como vimos em (6),
à medida que o planeta se afasta do Sol, a força que
sobre ele actua fica cada vez mais fraca (diminui com o quadrado da
distância) mas o tempo que a força actua no planeta
aumenta (com o quadrado da distância, como em (3)).
O resultado é que
todos os
's são iguais.
|
||||
As
diferenças |
||||
|
||||
Reconstrução da aproximação poligonal da órbita | ||||
Este
é o resultado
principal de Feynman. Ele
permite reconstruir a
aproximação poligonal da órbita, dados:
De facto, como se pode ver no applett seguinte:
No applett seguinte destacou-se, num diagrama separado, a variação sucessiva das velocidades. A este diagrama de velocidades chama-se hodógrafo (= graphein + hodos = desenhar o caminho). Foi inventado por Hamilton.
Como acabamos de deduzir, o
hodógrafo para o movimento de um
planeta sob a acção de um campo de atracção
Newtoniano, é um
círculo, cujo centro em geral não coincide com a origem
do hodógrafo.
Se dividirmos a
trajectória em sectores que subentendem ângulos
iguais (por exemplo
iguais a
, como no applett),
então a soma de todos os
's formam um polígono
regular uma vez que as sucessivas mudanças dos vectores
velocidade estão inclinadas umas relativamente às outras
de um
mesmo ângulo
, e todos os
's têm o mesmo
tamanho,
. No limite, quando
, o
polígono torna-se um círculo de raio
. O centro do círculo
é o ponto de onde parte
. De facto, a "velocidade" do
hodógrafo, tangente ao círculo, é a
aceleração
.
|
||||
Página
seguinte: O hodógrafo
de Hamilton. Reconstrução da órbita Página anterior: A aula esquecida de Feynman (I) Regresso ao Índice |