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Seja um acontecimento e suponhamos que:
- coordenadas de relativamente a um referencial
.
- coordenadas de relativamente a um referencial
, em movimento uniforme com velocidade
, relativamente a
.
A figura torna claro que (justifique):
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(39) |
ou:
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(40) |
Anàlogamente, se deduz que:
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(41) |
ou:
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(42) |
Eliminando nas
equações (40) e (42),
obtem-se:
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(43) |
enquanto que eliminando nas mesmas equações
se obtem:
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(44) |
Estas duas últimas equações
substituem a equação simples da relatividade de Galileu
(tempo absoluto).
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(45) |
Em
muitas situações o mais importante é o intervalo
de tempo
entre dois acontecimentos e
. Usando as fórmulas
anteriores, obtemos:
onde pusemos:
Anàlogamente:
Um
cálculo simples mostra que:
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(48) |
donde se deduz
que:
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(49) |
(onde pusemos
,
etc...) é um invariante das
transformações de Lorentz, a que se
chama a separação (espaço-temporal) entre os dois
acontecimentos e
. |
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- Relatividade
da simultaneidade ... Acontecimentos
espacialmente separados e que são simultâneos num certo
referencial
, nunca são simultâneos quando descritos num outro
referencial que se move com
velocidade constante relativamente ao
primeiro.
Dados: e
.
Portanto:
donde:
O
segundo membro é zero sse o que só
pode ocorrer quando
.
Por outro lado, por (46):
- Dilatação
do tempo ... Se dois acontecimentos ocorrem no mesmo
local, relativamente a um referencial
, a sua separação temporal,
medida por observadores ligados a esse referencial (intervalo de tempo
próprio)
,
é menor do que a separação temporal entre
esses mesmos
acontecimentos, medida por observadores ligados a um outro referencial que
se move com velocidade constante relativamente ao primeiro.
Dados: e
.
Portanto:
donde:
Por outro lado, por (47):
como já tínhamos visto
(contracção do comprimento).
- Fórmula da adição de
velocidades ...
Consideremos uma
partícula que se desloca com velocidade constante
, medida relativamente a um referencial
, com equação de movimento:
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(50) |
Transformando esta
equação nas coordenadas
, relativas a um outro referencial que se move com velocidade constante
relativamente ao primeiro, usando (40) e
rearranjando termos,
obtem-se:
-
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(51) |
que descreve
novamente um movimento com velocidade constante dada por:
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(52) |
No limite não relativista, com ambas as
velocidades e
muito menores do que
, esta fórmula reduz-se à forma de
Galileu
.
Note ainda que se então:
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